Drapetomanía
Prazer. É oque eu deveria estar sentindo agora, mas como
sempre, esse não é o caso. O homem que está atrás de mim... Eu sinto teu corpo
tocando o meu, mas não sinto nada tras de contato físico. Quando encontramos
nossos olhos, vejo teu rosto de desprazer provavelmente causado pela ausência de
meus gemidos, mas eu não me importo se el está gostando ou não do que está a
fazer comigo, afinal, eu não sinto nada. Assim que a toxina levar efeito el irá
apenas cair sem vida ao meu lado e eu meramente vestirei mias roupas e
regressarei à mia casa. Ulterior alguns dias eu provavelmente esquecer-me-ei do
rosto e nome desse homem... Na verdade, já me esqueci de teu nome. De qualquer
forma, isso não me é relevante. Pessoas não sano capazes de marcar mia alma,
nem meu corpo. Por mais que me agridam ou cortem-me, eu não sentirei nada e em
breve meu corpo se esquecerá dos ferimentos... Por mais que me beijem ou digam
que me amam, eu não sentirei nada e em breve eu me esquecerei de todos os
rostos...
Pode parecer um pouco estranho ter esse tipo de pensamento
durante um ato de volúpia que era para ser atam intenso, mas a culpa não é mia
se deus me criou com defeito.
“Cof! Cof! Hurr... Cof!” o homem atrás de mim começa
finalmente a tossir.
Parece que começou a fazer efeito... Trocar-me-ei de posição
para ver como o corpo dele reagirá.
“Vamos mudar a posição.”
“Cof Cof! Claro. Vê se mostra um pouco de ânimo.”
“Empenhar-me-ei.” Imagino que el deve ter percebido que não
vou verdadeiramente tentar.
Separo nossos órgãos um doutro e viro-me de frente para el. É
a última vez que olharei em teu rosto. Abaixo-me demonstrando um pouco de amabilidade
e começo a excitá-lo com mia mão.
El parece estar voltando a se cativar. Acho que já posso dispor
mia boca...
“Ahh Sim! Cof! Cof.... Hurr...” dizees mentre afaga meu
cabelo e pega em meu queixo. É algo assaz inconfortável.
Atanto mais extenuar-se, mais rápido será o efeito. Imagino
que agora seja uma boa hora de usar mia língua.
Sinto a pulsação. Não quero receber esta cousa em mia boca,
não costumo ter esse tipo de pessoalidade. Retiro meus lábios lentamente e
aparo todo líquido em mias mãos.
“Ahh! Você foi muito bem! Não esperava que sua boca fosse tão
boa! Cof! Cof! Cof...” El já está ficando um pouco tonto. Percebo por teus
olhos desviam e se tornam de volta para mim com uma alta frequência “Bem, ainda
não acabamos. Jogue isso em algum lugar e suba, deixarei você liderar desta
vez. Cof! Cof! Cof! Cof...” A tosse está a ficar mais forte.
“Tu estás bem? Já está a tossir há algum tempo, por acaso engasgou-se?”
“Não, eu est... Cof! Cof! Cof! Estou bem! Espere só um
minuto...”
El tosse sem parar. Vejo que estás começando a faltar ar em
teus pulmões e teu corpo está desequilibrando-se mais a cada segundo. Olho para
mias mãos e ainda vejo todo aquelo líquido escorrendo antre meus dedos. Quero
apenas livrar-me disso, mas pelo que me lembro não há nenhum lugar que eu possa
lavar mias mãos aqui por perto. Acho que terei que lavar em algum riacho...
Talvez no bebedouro dos porcos, eu deparei-me com alguns no caminho para cá.
De repente ouço som de um trágico
tombo. O som do tombar de um corpo já sem vida. Viro meu olhar na direção e
percebo que mia vítima está caída contra o chão, claramente ausente de vida. A
boca dele está salivando e pela região que tua mão se encontra, apertando o
próprio peito, deduzo que foste uma parada cardíaca. Esta foste a primeira vez
que usei uma Jatropha, estonce eu estava curiosa para ver como o efeito o assassinaria.
Levanto-me e limpo mias mãos na cama, mas aquesso cheiro
repugnante prevalece. Acho que lavar-me-ei no bebedouro dos porcos no fim das
contas...
Visto mias roupas já amassadas e sigo diretamente para a
porta e a destranco. Vejo que o faxineiro está logo ao lado varrendo o chão,
mas isso não parece ser nada fora do normal já que esto és um estabelecimento
de luxo. Esse homem não estas a fazer nada tras de teu dever... Fecho a porta e
a tranco novamente, mas não quero que vejam aquesse corpo agora. Passo pelo
faxineiro e lhis dou boa noite. Não presto atençano o bastante para saber se el
respondeu-me ou não, mas isso não é nada que irá estragar meu trabalho.
Passo por várias portas de diferentes quartos e em sua
maioria ouço apenas os vários gemidos e gritos de prazer. Sinceramente acho muito
endõado ser atam escandalosa como essas mulheres. Não és como se eu fosse um
bom exemplo, mas prefiro ficar em silêncio a fazer algo atam escandaloso.
Deparo-me com a escada que me aduzirá para baixo e começo a
descê-la. A chave do quarto em que eu estava ainda está em mias mãos, mas por
segurança a colocarei antre em meu bolso. Aduzirei a chave comigo para que
possa atrasar o descobrimento do cadáver que deixei.
Desço dois andares ata chegar à recepção. Como não pretendo
puxar conversa com ninguém agora, sairei sem dizer nada. Olhares e falsos
sorrisos convidativos devem ser o bastante para que não venham falar comigo.
Abro a porta e finalmente liberto-me daquelo lugar. Agora só preciso encontrar
o bebedouro dos porcos... Imagino que fique do lado oposto.
Ando por alguns minutos ata chegar ao meu destino. Mesmo já
sendo noite ainda não é tão tarde, e pelo que ouvi falar Rynil costuma ser bem
ativa em períodos noturnos. Realmente não era mentira. Vejo o celeiro com os
mesmos quatro porcos gordos com coleiras de couro em teus pescoços que mostram
uma determinada numeração. Sano exatamente os mesmos que eu havia visto da
primeira vez. Agora que olho com mais atençano percebo que esto és o fundo de
um açougue... Pobres porcos... Apenas comem imaginando que és o único motivo de
tua existência... Abaixo-me mentre seguro meu vestido para que não toque a lama
e com cuidado para não assustar estas grandes linguiças, mergulho mias duas mãos
na água deles e as esfrego ata ter certeza de que o maldito cheiro tenha saído.
Um dos porcos aproxima-se de mim, provavelmente com a
intenção de beber água. El para em mia frente e começa a cheirar mias mãos...
Talvez esteja se questionando o motivo de eu estar mexendo em tua atam preciosa
água...
“Qual o problema porco? Estou apenas lavando mias mãos, não
irei roubar tua água.” Não é como se el fosse me entender...
Um grunhido. Essa é a resposta que el me dá. Infelizmente
assim como el não me entende, eu também não o entendo.
Retiro ambas mias mãos para verificar se o cheiro foi
retirado, e sim, não há mais nenhum resquício do maldito odor daquela cousa.
Por outro lado, agora mia mão cheira a linguiça, mas eu já esperava por isso
estonce para mim não é problema. Mentre mia mão não possuir aquelo maldito odor
eu estou bem.
Levanto-me com o mesmo cuidado de anterior, mas antes que eu
possa me virar para continuar meu caminho, ouço uma voz masculina chamar-me por
trás.
“Belladonna! Ei!” Viro-me e quem vejo é justamente que eu
esperava ser... Edward. “Ei, Bella. Oque faz aqui há essa hora? Pensei que
estaria em casa.” Ele continua a dizer mentre aproxima-se de mim.
“Eu estava trabalhando.” respondo-lhe apressada.
“Aquela mesma coisa de sempre?”
“Sim.”
“Ahh... Por que você não para com esse trabalho? Você é
jovem, bonita, talentosa... Você pode fazer coisas bem melhores do que isso!”
“Não. Eu estou bem assim.”
“Eu posso lhe contratar como ajudante em minha oficina. Sei
que não é muito sua cara, mas dá um bom dinheiro!”
“Já dicitis, estou bem assim.”
“...” el mostra-se claramente desapontado com mia resposta “Tudo
bem então...Não vou te forçar a fazer algo que não quer.”
“...”
“Você vai voltar quando?”
“Voltar?”
“Sim! Para a casa do pai, eu digo.”
“Eu estava voltando agora.”
“Por que não fica até amanhã? Pode dormir na minha casa. Você
aproveita e toma um banho! A água que você lavou suas mãos não é muito limpa,
então seja lá o que tinha aí antes, com certeza não era mais sujo do que está
agora.
“Tu não sabes o que fala Edward...”
Antes dele dá-me uma resposta, ouço um grunhido vindo de um
dos porcos atrás de mim.
“Ahaha parece que o porco gostou de você.”
Viro-me para ver se encontro o motivo da risada e logo à
primeira vista deparo-me aquelo mesmo porco que cheirava mias mãos, dessa vez tentando
pular o celeiro que lhe prende.
“Por que não o leva para casa?” el mantém-se a dizer mentre
ri.
“Por que eu aduziria um porco para casa?”
“É o que fazemos quando alguém gosta da gente. É um sistema
bem semelhante no seu trabalho.”
“Mas el é um porco. É totalmente diferente neste caso. Tras
de que el já marcaste um encontro com o triturador. – Olho mais uma vez para a
placa em que dizees ‘açougue’.
“Ahahaha eu sei! Estou só brincando com você!”
“Desculpe, não percebi que era brincadeira.”
“Acho incrível como você consegue levar tudo tão a sério! Sua
vida não fica um pouco chata de mais assim?”
“Não. Mia vida não precisa ser legal ou chata. Contanto que
eu cumpra meus deveres já és o bastante.”
“Ahaha” el dá-me uma risada claramente forçada mentre desvia
teus olhos de mia face mostrando leve desapontamento “eu queria saber que tipo
de coisa o pai vem dizendo para você.”
“Dizees qu...” el interrompe-me
“Shhh! Não diga. Quero ouvir diretamente dele quando for
visitá-lo.”
“...”
“Então, voltando ao assunto... Você vai passar a noite em
casa? Tem espaço para você e seu porco.”
“Desculpe hoje eu não posso. Disse ao pai que voltaria assim
que o trabalho fosse finalizado, e eu acabei de terminá-lo.”
“Você não sabe mentir?”
“Mentir?”
“Sim! Minta para ele! Ele não sabe que você terminou agora.
Durma em casa hoje e diga que você terminou seu trabalho amanhã!”
“Eu não posso. O pai dizees-me que eu não posso mentir para
el, apenas a outras pessoas.”
“Qual é o sentido disso?”
“...”
“Ahh! Tudo bem então, vou lhe deixar em paz. Mas lembre-se,
estarei sempre aqui quando precisar ou mudar de ideia.”
“Sim, eu sei.”
“Até mais então!”
“...”
El acena para mim e logo em seguida vira-se e continua teu
caminho. Eu não sou muito próxima dele, mesmo sendo meu irmão mais velho. Sei
que el não é uma má pessoa, mas és de grande dificuldade para eu apegar-me a
alguém...
Mais uma vez olho para a placa do açougue e em seguida viro
meu olhar para o celeiro. Percebo que aquelo mesmo porco ainda estás a tentar
fugir. Talvez el tenha percebido que irá morrer em breve...
Aproximo-me dele mais uma vez e el me recebe com um grunhido.
Com cuidado levanto mia mão esquerda e acaricio tua cabeça. El aparenta estar
gostando já que fechaste os olhos e diminuiu o volume de teu grunhido, mas por
outro lado eu estou odiando esta textura. Sinto rugas e alguns pelos grossos
tentando furar mia mão.
Sem pensar muito retiro mia mão de tua cabeça e o abraço, mas
el não responde de nenhuma forma, estonce eu não diria que el está sentindo-se
incomodado. Começo a fazer um pouco de força para levantá-lo e com a ajuda de tuas
patas que tentam escalar o celeiro, consigo tirá-lo com certa facilidade.
“Tu estás livre agora porco. Se correr para longe tu não
precisarás virar linguiça”.
Por sorte, esta rua especificamente está pouco movimentada.
Se alguém ver-me dessa forma irá pensar que gosto de afanar porcos ou cousa do
tipo...
“Quer er para casa comigo?” o que estou pensando? El é um
porco!
Vejo a coleira de couro em teu pescoço com uma numeração que
não me interesso em ver. Pego o sinto de meu vestido e o amarro na coleira
usando como uma guia.
“Não me faça chamar muita atençano porco.” digo como se isso
fosse possível.
Uma mulher andando com um porco ao lado parece-me um pouco
chamativo. De qualquer forma, é isso que se fazees quando alguém gosta de nós.👳
Volto a seguir meu rumo de volta para casa, dessa vez sem
interrupções. Por mais que algumas pessoas estejam me chamando e me olhando com
certa frequência, eu adur estou fingindo que nada existe a mia volta. Estou com
pressa e acho que já perdi tempo a demasia falando com o Edward e esse porco.